domingo, agosto 28, 2011

Algumas observações sobre a corrida de ontem

Em primeiro lugar tenho que referir que foi uma grandiosa noite de toiros!

Não vi a lide do Bastinhas ;( surgiu um imprevisto e tive que o ir resolver, mas também não fiquei muito preocupada, uma vez que esta temporada já o vi muitas vezes!

A lide do Rouxinol, não correu tão bem como as últimas que tenho visto na tv, não por culpa dele, mas sim do toiro.

Não via o José Manuel Duarte desde a Tourada Real em Sintra (se a memória não me falha). Foi uma lide "q.b".

A tristeza da noite foi a lide do Gonçalo Fernandes, mais uma vez não tanto por culpa dele, mas do animal de raça brava. Em relação a esta lide tenho que referir um ponto com o qual não concordei. Que a lide não lhe estava a correr bem é verdade e por essa razão o director de corrida (Nuno Nery) não autorizou a música. Mas a partir do momento em que o público pede encarecidamente música para acompanhar a lide, parece-me que um director de corrida deverá responder positivamente ao pedido do público. Como disse o Paulo Jorge Ferreira na VII Corrida TV Norte "É o público quem manda, é o público quem paga o bilhete" e não deixa de ter razão. Ora, ontem a partir do momento em que o público pediu música e reparando que o director não cedia começou a assobiar e mesmo assim o director foi intransigente. Eu percebo que há regras a seguir, mas se o público pede há que ceder, pois o público é que tem de ser agarrado e é ele que dá continuidade em maior escala à festa de toiros em Portugal. Sem público não há corridas!

Por esta razão acho muito bem o facto de o Gonçalo se ter recusado a dar a volta, pois foi humilde e viu que a lide não lhe correu bem. Mas se fosse eu (não sei se ele também não deu a volta por esta razão) não a daria também para demonstrar o meu desgrado com o director de corrida que em nada ajudou a dar um ar de graça à lide do cavaleiro, mesmo estando o público a pedir música, exactamente por a lide não estar a correr de feição e talvez com a música o cavaleiro não desanimasse e até quiçá fizesse uma lide melhor.

As lides do Tomás Pinto e João Maria Branco foram para mim as melhores da noite. É engraçado acompanhar o percurso dos jovens cavaleiros. Quando conheci o Tomás Pinto ainda era amador, nem sequer era praticante e agora está um homem feito, já é cavaleiro de alternativa e é bom naquilo que faz! Muitos parabéns!

Ia me dando um ataque quando o cavalo do João foi colhido. Não posso deixar de fazer críticas aos peões de brega. Quando o cavalo foi colhido e o João caiu ao chão entraram na arena os seus peões de brega e mais dois (não sabendo eu a que cavaleiro pertenciam). Ora depois de o João se ter levantado, eis que o toiro volta a ivestir contra o cavalo e viu-se bem o ar do João (com as mãos na cabeça) preocupado com o animal e eu pergunto: mas o que é que os peões de brega estavam a fazer para deixarem novamente o toiro investir? É que não estavam na arena dois, mas sim quatro peões de brega e que eu saiba o seu objectivo é auxiliar na faena, preparando assim o toiro para a lide e proteger o cavaleiro e/ou o cavalo em caso de perigo, ou seja, manter "entretido" o toiro para este não investir ou não voltar a investir contra o cavaleiro e/ou o cavalo.

Mais uma vez o forcado Henrique Ferreira - "Carcaça" do Grupo de Forcados Amadores de Tomar voltou a impressionar pela positiva. Mesmo magoado na segunda tentativa, voltou a enfrentar o toiro de frente ;) e fez uma belíssima pega!

O troféu de melhor lide foi entregue ao Bastinhas. Como disse não vi a lide dele, mas já o conhecendo, sei que não vai contra as expectativas do público. Como não vi a lide do Joaquim, para mim a melhor foi a do Tomás Pinto.

Fora da corrida, mas sobre a equipa de reportagem. Gosto muito do José Cáceres é um facto e por isso, é sempre um prazer visionar uma corrida transmitida pela RTP. Do Vasco Lucas também gosto. Em suma, prefiro a equipa da RTP à da TVI. Com quem simpatizo também é com o Helena Coelho, que está sempre entre barreiras (trincheiras), é simpática, tem uma "cara laroca" que dá gosto ver na tv e tem uma voz bonita para entrevistadora, mas ontem não sei o que se passou! Foi rara a vez que ela entrevistou alguém sem olhar para os papéis. Até quando falou com a Dra. Ana Freixo teve que olhar para o papel. Não sei mesmo o que se passou, mas não ficou bem estar sempre a olhar para o papel. Ainda por cima, ela até tem jeito para aquilo. Deve ter sido uma vez sem exemplo.

A verdade, verdadinha é que foi um óptimo serão!

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