domingo, janeiro 14, 2007

Alma minha gentil, que te partiste

Alma minha gentil, que te partiste
Tão cedo desta vida, descontente,
Repousa lá no Céu eternamente
E viva eu cá na terra sempre triste.

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,
Não te esqueças daquele amor ardente
Que já nos olhos meus tão puro viste.

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus, que teus anos encurtou,
Que tão cedo de cá me leve a ver-te,
Quão cedo de meus olhos te levou.

Luís Vaz de Camões

2 comentários:

Joaninha disse...

tas ca veia pa poesia?
tira mas e apontamentos nas aulas e deixa te dixo
lololol
helena

Persona Naturale disse...

Vai apanhar moranguinhos lol
Não sou eu k não sei os artigos k se falam nas aulas lol

Gande Helena
Bjinhos