Hino para hoje

Hino dos Fuzileiros (Associação)

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Como outrora cruzámos os mares

e lutámos em terras sem fim

bóinas negras na clara alvorada

entre o rio de lodo e o capim

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Nossas bóinas são negras, tão negras

como as trevas da noite no mar

bóinas negras, manchadas de sangue

dos amigos mortos além mar
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Desfilai ó Fuzileiros mortos

E juntai-vos ao nosso cantar

Há mil sonhos ainda a viver

Mil batalhas índ'há por ganhar

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Recordai companheiros Bolama

recordai Cantanhês e o Cacheu

onde um dia acendemos a flama

que nos Céus da Guiné se perdeu

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E o Zaire ainda ao longe nos chama

Chinuango pergunta por nós

nessa Angola onde a dor se derrama,

fomos dignos dos nossos avós

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Moçambique nunca esqueceremos

quanto sangue deixámos por ti

do Zambeze às terras do Niassa

tua voz nos dizia venci!

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Quer na paz quer na guerra, cantemos

o orgulho de quem sabe ser,

marinheiro e soldado na terra,

que jurámos querer defender

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Como sempre gritemos presente!

Como sempre marchemos a par

Só tem Pátria quem sabe morrer

Só tem Pátria quem sabe lutar.

(Bis)

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Letra: Diogo Pacheco de Amorim

Música: José Campos e Sousa