Outrora, dizias tu, isto e aquilo
Agora vejo que eram balelas
Tanta promessa, tanta merdice
Para agora não me valer de nada
"P'ráqui" estou, abandonada
Qualquer dia nem a tua cara vejo na minha memória
Mas tu, talvez...
Assim o queiras.
Se não queres...
Olha que parece.
Farta, fartinha...
Desta merdinha toda.
Diz-me o que queres com isto...
Diz-me.
Pensas que não dói???
Mas agora...
Muito sinceramente te digo...
Que me é igual.
Não querias ouvir?
Mas foste tu que pediste
Estavas à espera do quê?
Pobres daqueles que sonham...
Com balelas do passado.
Eu sou pobre.
Pobre, por pensar que ia ser como dizias!
Ai, mas que raiva ao pensar
Que nada ia mudar!
Estupidez, estupidez malvada...
Que nos faz andar aqui por nada.
E eu a pensar que eras diferente...
Ups, enganei-me!
E por isso, sou cega...
Cega de visão e de coração!
Pena é já ir tarde...
Já não tem cura!
Outrora, dizias tu, isto e aquilo
Agora vejo que eram balelas
Tanta promessa, tanta merdice
Para agora não me valer de nada
"P'ráqui" estou, abandonada
Persona Naturale